É comum, buscarmos uma aparência humilde! A humildade nos faz sentir-se, dentro dos padrões de Deus! O fato é que a nossa natureza, nos impulsiona para a soberba, a arrogância e o orgulho!

Almejamos aplausos por nossas ideias, palavras ou gestos! Conquistar os olhares dos outros, nos faz sentir orgulho!

Para piorar ainda mais essa realidade, temos a ousadia de projetar um futuro brilhante para os nossos filhos, afim de que eles reflitam a nossa imagem! No final das contas, o que realmente desejamos, é que os nossos filhos sejam o nosso orgulho, o nosso troféu!

Graças a Deus, nem sempre isso ocorre! Nem sempre recebemos aplausos, nem sempre temos as melhores ideias, nem sempre temos razão, nem sempre conseguimos manter uma vida moral exemplar, nem sempre nossos filhos nos darão orgulho!

Estive refletindo no texto de 2 Coríntios 12:7 = “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.”

Se olharmos para a vida do apóstolo Paulo, certamente encontraremos razões para que ele desenvolvesse orgulho, arrogância e soberba! Ao lermos Filipenses 3:4-6, perceberemos com mais clareza: “Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível.”

Paulo tinha um histórico de causar inveja! Ele era diferenciado no falar, no agir! Ele não era apenas inteligente, era sábio! Ele se apresenta como modelo! Paulo tinha autoridade perante os demais apóstolos, sendo ousado para repreende-los, como está registrado em Gálatas 2:14!

Por tudo isso, 2 Coríntios 12:07, começa a fazer sentido e ensina muitas lições:

1. Não importa quem somos ou nossa posição social e econômica, é possível e natural, que tenhamos que conviver com um espinho na carne;
2. É natural também que o espinho na carne, seja lá qual for, cause dor e desconforto;
3. Por fim, fica claro e evidente que o espinho na carne tem um propósito divino: Resguardar um caráter agradável ao Senhor.

Queridos, rapidamente, é possível pensarmos sobre o que tem sido o nosso espinho na carne:

• A nossa independência financeira, que fica cada vez mais distante, nos fazendo viver envergonhados;
• Um filho rebelde que nos expõe perante a igreja, nos fazendo viver eternamente em busca de respostas;
• Um casamento recheado de brigas ou até traições;
• Um pecado moral, que nos pesa na consciência e nos faz perder o controle, além de nos deixar envergonhados diante de Deus;
• Uma limitação física ou mental, que nos coloca dependentes da ajuda de pessoas ou medicamentos;

Aprendamos com as fraquezas e limitações! Aprendamos a viver contentes em toda e qualquer situação! Aprendamos a enxergar o controle e cuidado de Deus em todos os momentos e em todas as áreas de nossas vidas!

Lutemos a nossa luta! Façamos o que o apóstolo Paulo deixa como modelo em 1 Coríntios 9:27: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.”

Queridos, se para nos manter firmes e dentro dos caminhos do Senhor, for preciso sentir dores, tenha certeza que Deus enviará espinhos! Os valores desse mundo, não são os valores de Deus!

Que o Senhor nos abençoe e nos capacite a lidar com a dor física e emocional!

Carlinhos