PALAVRA TORPE
Efésios 4:29
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.”
Segundo o dicionário On-line, PALAVRA TORPE, pode significar: Palavra que contraria ou fere os bons costumes, a decência ou a moral. Pode ser ainda, a palavra que revela um caráter desprezível, obsceno, indigno. O dicionário também estende a PALAVRA TORPE, para o ATO TORPE, que é aquele que causa repulsa ou indignação.
Sobre a carta aos Efésios, de onde extraí o texto dessa reflexão, tenho uma observação: alguns manuscritos antigos, não contém a expressão: “QUE VIVEM EM ÉFESO”, que observamos no início da carta – Efésios 01:01! Isso contribui para considerarmos a possibilidade dessa carta ser CIRCULAR! Nada diminui do seu valor, pois continua sendo PALAVRA DE DEUS, apenas nos faz perceber o aumento do seu alcance geográfico, além de nos levar a entender que alguns problemas eram comuns às igrejas daquela região.
O fato é que existe um ALERTA: Cuidado com as PALAVRAS TORPES!
O apóstolo Paulo não nos manda dosar as palavras torpes ou diminui-las, MAS exterminá-las por completo! Tal prática estava causando um conflito direto com os princípios firmados por Deus, onde a igreja é direcionada a falar apenas aquilo que for proveitoso para a edificação e, se houver necessidade!
Em suma, podemos adotar o princípio de falarmos menos e ouvirmos mais! Também, podemos exercitar o falar, apenas quando necessário e, se for para a edificação de quem nos ouve! Não é exatamente isso que está registrado em Tiago 1:19? “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.”
Precisamos apenas ter cuidado para não sermos extremistas! O silêncio que brota de uma atitude prudente, não pode ser confundido com o ato de omitir-se em falar a verdade! Afinal de contas, também está escrito em Tiago 4:17 = “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”
Sendo assim, é possível perceber que o apóstolo Paulo não estava encorajando a igreja a viver em eterno silêncio, MAS, que atentassem para a preciosidade e o poder que existe quando falamos! As nossas palavras, quando bem aplicadas, podem embelezar o dia de várias pessoas, MAS quando proferidas por impulso, podem comprometer não apenas o dia, mas a semana, o mês ou até a vida de quem nos ouve!
Diante dessa reflexão, é importante ponderarmos sobre dois pontos:
- O que temos permitido entrar em nossos ouvidos?
- O que temos permitido sair de nossas bocas?
Se não for para a edificação mútua, fiquemos calados! É lamentável que tais orientações, tenham sido direcionadas por Paulo para a Igreja do Senhor. Como novas criaturas, deveríamos ser modelo no falar, principalmente para esse mundo tenebroso.
Que a nossa oração hoje, esteja em sintonia com a Palavra de Deus registrada em Salmos 141:3 = “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.”
Que possamos pensar antes de falar! Que haja em nosso coração, o desejo de abençoar uns aos outros com palavras de paz, de perdão, de amor e motivação! Que não brote de nossos lábios, palavras desnecessárias e com o poder de destruir ou comprometer o dia daqueles que nos cercam! Peçamos a Deus sabedoria do alto, para que a nossa boca, seja uma fonte constante de edificação.
Provérbios 15:1 = “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”
Pensemos nisso!
Carlinhos